Gestão horizontal ou vertical? Entenda as diferenças e descubra a melhor opção para a sua empresa!
A gestão horizontal é um modelo organizacional em que empresas estruturam seus processos com base em decisões de grupo. Já a gestão vertical é caracterizada pela figura de um chefe que centraliza o poder de decidir, sem levar em consideração a opinião ou necessidades dos demais colaboradores de sua equipe.
Gerenciar horizontalmente, entretanto, não significa falta de controle ou ausência de liderança. Pelo contrário, o papel dos líderes é reforçado pela própria autonomia que as pessoas recebem a partir desse modelo de gestão.
Parece confuso? Ao longo deste post explicamos de forma mais aprofundada as características sobre gestão horizontal e gestão vertical, assim como as vantagens e desvantagens de cada uma. Boa leitura!
O que é gestão horizontal?
A gestão horizontal trata as tomadas de decisão de forma descentralizada. Um equívoco geralmente cometido a respeito da gestão horizontal é que ela seja um modelo no qual não há ordem e as pessoas fazem o que bem entendem.
É importante ficar claro que gerenciar horizontalmente não é o mesmo que deixar de gerenciar.
O que acontece é uma melhor delegação de tarefas, gerando assim, para cada colaborador, a possibilidade de tomar decisões a respeito de como executar as tarefas propostas, de sugerir outras formas de realizá-las e, até mesmo, de sugerir algo novo.
Em vez de chefe, as equipes passam a ter facilitadores. Esses profissionais, de certa forma, ocupam cargos ou assumem funções diretivas, mas sem as mesmas prerrogativas que os chefes tradicionais costumam ter. Eles podem, inclusive, receber críticas abertamente, sem que isso implique em quebra na disciplina ou motive algum tipo de punição.
Autonomia no trabalho
Quando uma empresa opta pelo regime de trabalho em que as equipes decidem os próprios rumos, apoiadas em uma figura de referência, geralmente os resultados se refletem em melhoria nas performances e nos relacionamentos.
Há, inclusive, casos de empresas que vêm registrando contínuo crescimento em função do aumento de produtividade proporcionada pela gestão horizontal.
Um bom exemplo disso é a The Morning Star Company, uma empresa norte-americana de processamento de tomates. Nela, toda pessoa deve fazer o que se chama de CLOU (Colleague Letter Of Understanding), um plano operacional para a consecução da missão de cada um.
Já na também norte-americana Gore, empresa que fabrica diversos tipos de componentes tecnológicos, todo novo contratado escolhe o que eles chamam de sponsor. Embora o termo seja normalmente associado a patrocinadores, na empresa ele funciona mais como um padrinho.
Assim, ele é alguém para quem novos colaboradores pedem conselhos, expõem dúvidas ou revelam possíveis insatisfações. Na hora em que quiserem, eles podem trocar de sponsor, se entenderem que isso pode ser mais útil para seu desenvolvimento.
O que é gestão vertical?
Embora a organização horizontal de empresas seja um modelo mais atual, isso não quer dizer que a gestão vertical seja “ruim” ou que deva ser necessariamente colocada de lado.
O que se percebe é que há empresas favorecidas com um sistema hierárquico menos rígido, enquanto outras se saem melhor quando lideranças mais centralizadoras tomam as decisões.
De qualquer forma, o modelo vertical é predominantemente hierárquico. É a forma de se organizar empresas que vem acompanhando as corporações desde a Primeira Revolução Industrial. Nesse tipo de gestão, portanto, as pessoas estão sempre subordinadas às ordens de um superior na cadeia de comando.
Na gestão vertical, a liderança é mais imposta e menos sugerida. Os profissionais em posição de comando é quem concentram o poder de decisão. Mesmo assim, o padrão de organização verticalizado não exclui, totalmente, a participação do colaborador na empresa.
Seu empoderamento pode ser materializado de outras formas, como na compra de ações, o que o torna, automaticamente, dono de parte da empresa. Ainda neste modelo, a hierarquia é claramente disposta na forma de organogramas e esquemas nos quais as posições de chefia não são divididas.
Normalmente, cabe a apenas um único profissional a tarefa de determinar prazos, metas, fluxos de trabalho e outras competências. Ademais, a administração da empresa é repartida em níveis e subníveis, cada um subordinado ao que está acima no organograma empresarial.
Quais as vantagens e desvantagens da gestão horizontal e vertical?
Como se pode perceber, ambos os modelos apresentam pontos negativos e positivos, se comparados isoladamente. No entanto, não se deve considerar um modelo por si só como a solução para todos os desafios de gestão.
Cada organização deve planejar e conhecer seus processos a fundo — o que dá errado e o que funciona de forma certa —, antes de optar pela gestão horizontal ou vertical.
Vantagens e desvantagens da gestão horizontal
Em uma visão mais ampla, a gestão horizontal tem como principais vantagens:
- tornar mais claros os processos para os colaboradores;
- deixar as pessoas mais à vontade para fazer sugestões, críticas construtivas e propor melhorias;
- estimular a iniciativa empreendedora, já que as decisões tomadas em grupo favorecem a atuação dos que realmente querem apresentar soluções;
- favorecer o engajamento, já que há menos entraves burocráticos em função do menor grau de formalidades.
Como desvantagens, podemos destacar:
- dificuldade em gerenciar processos, mais sentida em momentos de crescimento;
- se a comunicação falhar, líderes podem se sentir desprestigiados e colaboradores desorientados a respeito do que fazer.
Vantagens e desvantagens da gestão vertical
A gestão vertical, assim como a horizontal, pode funcionar para algumas empresas, mas em outras se revelar não muito eficaz. Caberá aos líderes decidirem de acordo com o perfil do negócio, podendo até mesmo adotar modelos híbridos de gestão.
De forma isolada, a gestão vertical apresenta como vantagens:
- facilidade na delegação de tarefas;
- colaboradores se sentem mais seguros em relação ao desempenho de suas tarefas;
- tempo de decisão é mais rápido, desde que os chefes coloquem princípios acima da personalidade;
- abre-se mais espaço para profissionais mais especializados (que, dificilmente, encontrariam pares em equipes niveladas);
- mais clareza nos canais de informação.
Vale citar também que, em empresas que operam na cadeia de suprimentos, construção ou que dão sequência em grandes operações logísticas, a gestão vertical é a mais adotada, pois torna a execução das tarefas menos sujeitas a interferências.
Entre as desvantagens desse modelo de gestão, algumas se destacam:
- “engessamento” de iniciativas empreendedoras por parte de subordinados;
- maior dependência às decisões de um único profissional;
- decisões equivocadas tendem a gerar reflexos em toda a hierarquia, em uma espécie de efeito cascata.
Como você viu, mais do que avaliar comparativamente a gestão horizontal e a gestão vertical, cabe às empresas adotar o modelo que melhor se ajuste aos seus objetivos e à cultura organizacional.
Tenha em mente que ambas apresentam características que podem ser positivas para alguns, mas para outros podem ser motivo de desafios gerenciais ou de perda de controle.
Independentemente de a sua empresa adotar a gestão horizontal ou a vertical, não deixe de acompanhar as tendências na área. Quer uma dica? Siga nosso perfil no LinkedIn. Estamos sempre postando dicas e novos conteúdos por lá. Até a próxima!