Síndrome de Burnout: quais os sintomas no trabalho?
No ambiente profissional, é importante adotar medidas que prezam pelo bem-estar no trabalho. Isso porque, rotinas com demandas desalinhadas e que promovam altos níveis de estresse aos colaboradores podem acarretar vários problemas no longo prazo, como a Síndrome de Burnout.
Esse distúrbio se manifesta como uma consequência desses fatores que podem prejudicar a saúde mental de profissionais do mundo todo.
No Brasil, por exemplo, pesquisas realizadas pela Internacional Stress Management Association (ISMA) indicam que a síndrome já afeta 30% dos 100 milhões de trabalhadores do país.
Para conhecer mais sobre a Síndrome de Burnout e entender como combatê-la nas empresas, separe um tempo do seu dia e confira o restante do texto. Boa leitura!
O que é a Síndrome de Burnout?
A expressão “Burnout” vem do inglês e pode ser traduzida como “exaustão” ou “combustão”. Por isso, é a nomenclatura dada à síndrome que consiste em um distúrbio psíquico causado pela exaustão com o trabalho.
Em 2021, ela foi reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença e passou a fazer parte da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID).
Apesar de ser causada pelo esgotamento mental provocado por atividades laborais, a Síndrome de Burnout não afeta somente o desempenho profissional dos colaboradores, mas também a vida particular deles.
Segundo o Ministério da Saúde, essa doença pode levar indivíduos a apresentarem desde alterações leves até as mais graves na saúde mental, como a depressão profunda.
Como a Síndrome de Burnout se manifesta nos colaboradores?
A Síndrome de Burnout se manifesta por meio de sintomas físicos e, principalmente, psicológicos nos profissionais. Como manifestações corporais, é possível identificar:
- cansaço excessivo;
- alterações no apetite;
- fadiga;
- pressão alta;
- dores musculares;
- alterações gastrointestinais;
- aumento dos batimentos cardíacos.
Mas, os efeitos comportamentais são as principais evidências que podem indicar colaboradores afetados pela síndrome. Confira quais são:
- ausência no trabalho;
- alterações repentinas de humor;
- isolamento;
- negatividade constante;
- dificuldade de concentração;
- sentimento de incompetência.
Dessa forma, quando um profissional apresenta alguns desses indícios, é necessário oferecer as orientações médicas e psicológicas devidas para identificar se o caso se trata ou não da Síndrome de Burnout e quais as medidas para conseguir ajudá-lo.
Quais fatores provocam o Burnout?
Como já vimos, a Síndrome de Burnout é provocada pelo excesso de demandas, que requerem muita competitividade ou responsabilidade, referentes ao trabalho.
Logo, os fatores que causam o distúrbio são situações que, quando acontecem com frequência na experiência laboral, levam os funcionários a índices críticos de estresse.
De acordo com a pesquisa “Employee Burnout: The Biggest Myth”, realizada pela Gallup, além da sobrecarga de trabalho, a falta de comunicação com lideranças, desvalorização profissional, falta de suporte da gestão e pressão exacerbada podem ser motivos que induzem o colaborador a sofrer com o Burnout.
Além disso, no caso de profissionais que exercem trabalho remoto, o Burnout pode estar ligado à ergonomia ou a dificuldade de conciliar, diariamente, demandas domésticas com as do serviço. O que leva muitas vezes ao desânimo e à exaustão física e mental e, consequentemente, ao desenvolvimento da síndrome.
Como evitar a Síndrome de Burnout no ambiente de trabalho?
Sendo motivada por cenários estressantes no ambiente profissional, a Síndrome de Burnout pode ser combatida por meio de uma cultura organizacional que valoriza o bem-estar e a felicidade no trabalho.
Para implementar essas estratégias de Gestão de Pessoas, é fundamental o papel das lideranças. Afinal, algumas das razões que fazem com que o Burnout aconteça são diretamente atreladas às relações entre líder e liderado. Dessa forma, recebendo o apoio e suporte necessários, os colaboradores ficam menos propensos a desenvolverem o Burnout.
O protagonismo do RH também se faz presente na prevenção ao Burnout. Isso porque, é dever do setor garantir que os colaboradores se sintam bem trabalhando na empresa, com as funções que desempenham e com as circunstâncias em que a equipe e o negócio se encontram.
Por isso, cabe aos profissionais de Recursos Humanos elaborar campanhas e atividades que tenham como finalidade o zelo pela saúde mental dos trabalhadores. Bem como, planejar e desenvolver ações relacionadas a momentos de pausa na rotina de trabalho e que incentivam à prática de exercícios físicos.
Apesar de ser um distúrbio alarmante, como vimos, a Síndrome de Burnout pode ser evitada com uma cultura organizacional que valoriza o bem-estar e a saúde mental dos profissionais. Logo, como dica, é importante ficar atento ao comportamento e sinais dos colaboradores a fim de evitar possíveis casos ou outros problemas relacionados.
Agora que você já conhece a Síndrome de Burnout, que tal conferir outros conteúdos para ficar mais atualizado sobre saúde mental no ambiente profissional? Recomendamos nosso e-book sobre bem-estar e produtividade no trabalho! Até mais!