Como um líder deve agir em situações difíceis? Descubra 7 estratégias!
Saber como um líder deve agir é essencial principalmente em situações difíceis, inevitáveis em qualquer empresa.
Seja em casos de conflito, baixo desempenho ou desligamentos, é essencial ter habilidades interpessoais e adotar uma abordagem humanizada para lidar com esses cenários de maneira eficaz.
Isso fortalece a confiança no gestor e na cultura do negócio, além de promover mais segurança psicológica e satisfação no ambiente de trabalho.
Neste artigo, você entenderá o que a liderança deve fazer em contextos desafiadores com exemplos e dicas práticas para inspirar suas equipes.
Vamos lá?
Habilidades essenciais para um líder em tempos difíceis
Os gestores são profissionais estratégicos para a cultura organizacional e gestão de conflitos, influenciando a performance das equipes, o alcance de resultados e, naturalmente, a reputação da empresa.
O estilo de liderança e a conexão com os liderados são fatores determinantes para o sucesso das metas e para a satisfação e retenção dos talentos.
Mas o que o líder deve fazer quando o cenário é desfavorável? Crises internas, demissões e falta de engajamento são situações prováveis — independentemente do porte ou segmento da corporação.
Nesses momentos, utilizar ou desenvolver habilidades essenciais de um líder é ainda mais significativa para fortalecer valores como transparência, confiança e admiração entre o time.
Confira, na sequência, soft skills importantes nessas ocasiões:
- resiliência: capacidade de superar desafios, se adaptar e restabelecer o equilíbrio após situações difíceis;
- escuta ativa: saber ouvir as pessoas, com cuidado e profissionalismo, sem necessariamente assumir uma posição ou defender um ponto de vista;
- comunicação assertiva: conversar de maneira objetiva, transparente e respeitosa, visando encontrar o melhor caminho para a gestão do conflito;
- pensamento ágil: habilidade de avaliação e tomada de decisão rápida, com o intuito de reduzir danos e encontrar soluções para o problema;
- flexibilidade: disposição para mudar os planos e reavaliar prioridades, engajando o time em novos processos e dinâmicas;
- proatividade: autonomia para prevenir crises, em várias frentes, e agir diante de um cenário desfavorável;
- empatia: capacidade de se colocar no lugar de outro, acolhendo sua perspectiva e sentimentos.
Principais exemplos de situações difíceis no ambiente corporativo
A seguir, apresentamos exemplos práticos do que um líder deve fazer em momentos difíceis no ambiente corporativo.
Lembrando que o treinamento de liderança para aprimorar as habilidades mencionadas são essenciais para uma atuação eficaz e alcance de um desfecho favorável.
1. Desligamento
Independentemente da causa, a demissão de um funcionário é um grande desafio para os gestores, pois envolve uma tomada de decisão delicada, o impacto emocional e as repercussões na equipe.
Se conduzida de maneira inadequada, pode ter reflexos até mesmo na futura atração de talentos.
Sendo assim, o que um líder deve fazer é conduzir o momento com profissionalismo e valorizando a jornada do colaborador.
Isso inclui uma preparação para a conversa, transparência na comunicação e a abertura de espaço para que o talento compartilhe seus sentimentos e percepções.
Além disso, é relevante comunicar ao time a tomada de decisão, evitando rumores, tensão e desconfiança no longo prazo.
2. Feedback negativo
Dar um feedback negativo é uma tarefa sensível, pois nem todas as pessoas da equipe recebem críticas com naturalidade. Isso exige alinhar as necessidades do negócio ao comportamento e à personalidade de cada profissional.
Para tornar o processo mais eficiente, é recomendável escolher um local e um momento apropriados para a conversa, sendo específico ao descrever o problema, seus impactos e oferecer sugestões claras para evoluir nos aspectos apresentados.
Para Fabrizia Soares, diretora da Selpe Advisory, o que um líder deve fazer é permitir que colaborador se sinta respeitado, valorizado e considerado.
“O feedback traduz pelo olhar do gestor os elementos do dia a dia do talento, suas entregas, comportamentos e desafios de carreira. Cada vez mais, buscamos associá-lo a um processo de evolução contínua e não um olhar negativo de desconstrução”.
3. Baixo desempenho
O baixo desempenho profissional pode revelar questões que vão além da produtividade, incluindo insatisfação com a cultura organizacional, o estilo de gestão, conflitos internos ou problemas pessoais.
Por isso, o primeiro passo é investigar o cenário, considerando que as causas podem estar interligadas. Para isso, reuniões entre o time, feedbacks individuais e pesquisas de clima são boas estratégias.
Em seguida, desenvolva um plano de ação com o colaborador, incluindo iniciativas de desenvolvimento, mais flexibilidade, reconhecimento ou outras práticas de apoio coerentes à sua realidade.
A liderança assertiva ajuda a alinhar expectativas, tomar decisões embasadas e restabelecer o equilíbrio necessário.
4. Falta de engajamento
A falta de engajamento do time também não é uma situação fácil, pois influencia o clima organizacional, o bem-estar no trabalho e o alcance de metas.
O que um líder não deve fazer é postergar a tomada de decisão, o que pode levar a altas taxas de rotatividade e uma reputação interna ruim.
Em situações críticas, o ideal é enfrentar o problema de frente, investindo em 1:1 com a equipe, pesquisa de engajamento e feedback contínuo.
O gestor precisa ser realista: acolhendo de maneira empática as necessidades das pessoas, comunicando com clareza sua posição sobre o assunto e modificando o status quo junto ao RH.
5. Resistência do time
A resistência é um desafio comum em muitas organizações, seja em relação ao perfil da liderança, à estrutura da empresa ou aos novos processos.
Nesses casos, a escuta ativa para alinhar as expectativas é essencial, pois permite entender os motivos concretos da oposição. No longo prazo, uma simples resistência pode se transformar em falta de engajamento e baixa produtividade.
Também é importante saber dialogar de forma não violenta, destacando os motivos e benefícios dos valores e políticas da companhia.
O que um líder deve fazer é ser maleável ao avaliar as queixas e realizar ajustes quando necessário.
Além dessas situações, muitas outras podem exigir uma postura assertiva, experiência e treinamento no longo prazo.
Por isso, preparamos 7 dicas sobre como um líder deve agir em situações difíceis ou desfavoráveis. Confira!
7 dicas sobre como o líder deve agir em situações difíceis
1. Não postergue a tomada de decisão
Muitas vezes, o que pode agravar um contexto ruim é a demora para agir sobre o problema.
Isso não significa tomar decisões precipitadas sem avaliar a complexidade da situação, mas ter uma atitude proativa visando a resolução ou amenização dos conflitos.
Aprender com outros gestores, desenvolver competências de um líder e buscar uma gestão de pessoas qualificada faz parte dessa jornada.
2. Faça uso da inteligência emocional
Cenários desfavoráveis despertam sentimentos ambivalentes, como ansiedade, insegurança, medo do futuro e desânimo. Nessas horas, a inteligência emocional para líderes é uma ferramenta poderosa.
Saber como liderar uma equipe exige ter clareza de pensamento, resiliência e cuidado com os profissionais, proporcionando uma análise produtiva do ambiente e boas ações de melhoria.
A forma como o gestor equilibra razão e emoção também é decisiva após a crise. O momento difícil passa, mas como o líder agiu deixa uma marca no time e pode aumentar os pedidos de demissão.
3. Evite culpar ou expor liderados
Uma liderança emocional também envolve a habilidade de se recuperar de um momento difícil sem atribuir culpa.
Em situações como erros de funcionários ou projetos que não atingem os resultados esperados, expor a equipe pode ser prejudicial para o relacionamento interpessoal e recuperação do clima.
Em vez disso, o líder deve inspirar confiança, envolver o time na busca por soluções e, no momento adequado, realizar conversas estratégicas para alinhar gargalos.
4. Comunique-se claramente
Uma boa conversa pode, muitas vezes, prevenir um desentendimento ou ser o primeiro passo para a gestão de conflitos.
Comunicar com clareza sobre desafios, possíveis consequências, alterações na estrutura organizacional e pontos fracos é essencial para uma gestão eficaz.
Um estudo publicado pela HR Grapevine, concluiu que problemas no relacionamento e falta de comunicação são os principais motivos de fracasso de líderes, superando até a dificuldade de lidar com pressão.
Portanto, lembre-se: não basta apenas transmitir a mensagem; é essencial compreender o contexto, estar presente e ouvir atentamente as pessoas da sua empresa.
5. Considere a possibilidade de errar
O medo de falhar leva muitos gestores à estagnação. Contudo, errar faz parte do aprendizado, principalmente do desenvolvimento de jovens líderes.
Adotar essa perspectiva, aceitando que nem sempre a melhor decisão será tomada e no tempo hábil, torna o processo mais dinâmico e fluido.
Parte desse processo se transforma em adaptação, preparando o profissional para enfrentar desafios futuros com lucidez, experiência e confiança.
6. Seja verdadeiro com as equipes
Alguns deslizes podem ser cometidos, incluindo a demora para diagnosticar o cenário, pré-julgamentos ou falta de comunicação.
Tendo isso em vista, o que um líder deve fazer é reconhecer os seus desafios e pontos de melhoria, evitando uma postura distante, autoritária e fria.
Principalmente para os jovens talentos, a vulnerabilidade e a transparência são importantes para uma boa avaliação da gestão e engajamento no longo prazo.
7. Invista em preparação e treinamento
Como vimos, nem sempre é fácil saber como agir em situações desafiadoras. Cada circunstância exige preparo contínuo, técnica e repertório do líder e do setor de Gente e Gestão.
Investir em um programa de desenvolvimento de liderança completo, incluindo imersões em gestão de conflitos, inteligência emocional e comunicação humanizada podem transformar essa realidade.
Além disso, um olhar para as tendências de RH fortalece as diretrizes desses treinamentos e cria um ambiente de trabalho mais saudável, produtivo e atrativo para a retenção de talentos.
Se ocasiões complexas têm se transformado em um desafio constante para os gestores do seu negócio, uma consultoria especializada pode te apoiar.
A Selpe Advisory trabalha uma abordagem personalizada, alinhada às necessidades e à cultura da sua empresa. Entre em contato com os nossos consultores e saiba mais!