Revolução Gig Economy: como e porque recrutar Gig Workers?
A realidade do trabalho está passando por mudanças revolucionárias — em diferentes aspectos. A Gig Economy, também conhecida como “economia dos bicos”, faz parte disso, transformando a maneira como empresas recrutam e como os profissionais encaram suas carreiras.
Neste artigo, exploramos o conceito da Gig Economy, como ela funciona e como o recrutamento de Gig Workers pode ser uma estratégia interessante, apresentando suas vantagens e desvantagens.
Vamos mergulhar nessa tendência e descobrir como ela está moldando o futuro do RH e da gestão de pessoas. Então, se você quer saber mais sobre o assunto, veio ao lugar certo!
O que é Gig Economy?
A Gig Economy, economia sob demanda ou ainda “economia dos bicos”, refere-se a um mercado de trabalho caracterizado pela contratação de trabalhadores independentes, freelancer e autônomos. Eles atuam em projetos específicos em vez de contratos de trabalho tradicionais de tempo integral.
Esses profissionais são conhecidos como Gig Workers, e oferecem suas habilidades e serviços de forma flexível, muitas vezes em base temporária. Por se tratar de um arranjo alternativo de trabalho, esse modelo tem seus prós e contras, defensores e críticos. Mas falaremos sobre esse tópico mais adiante.
Como funciona a Gig Economy?
Na Gig Economy, as oportunidades de trabalho são frequentemente intermediadas por plataformas online que conectam empresas a profissionais independentes.
Esses aplicativos variam desde serviços de freelancer, temporários ou terceiros até aplicativos de transporte, como Uber e Lyft. Eles oferecem uma vasta gama de oportunidades, que variam entre trabalhos criativos, como design gráfico e redação, e serviços práticos, como entrega de alimentos ou transporte de passageiros.
Qual o impacto da Gig Economy no mercado de trabalho brasileiro?
A Gig Economy está deixando uma marca significativa no mercado de trabalho brasileiro, trazendo mudanças na forma como as pessoas trabalham e as empresas operam. Nesse contexto, é crucial entender como a tendência afeta o cenário econômico e as estratégias de recrutamento no país.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil viu um aumento notável na população que se engaja em trabalhos independentes e temporários nos últimos anos.
Em 2022, o país atingiu uma média anual de 25,5 milhões de trabalhadores por conta própria (formais ou informais), o que representou um aumento de 2,6% em relação ao ano anterior e de 27,3% na comparação com 2012. Esse número é significativo e reflete a crescente adesão à Gig Economy.
Recrutando Gig Workers: quais as vantagens e desvantagens?
Falamos sobre o que é e como funciona a economia sob demanda, além de seus impactos no sistema financeiro do Brasil. Mas, qual é o efeito real dessa mudança para o mercado de trabalho?
Confira, a seguir, as principais vantagens e desvantagens da prática para profissionais e corporações.
Vantagens de recrutar Gig Workers
Flexibilidade
Gig Workers são altamente flexíveis e podem ser contratados sob demanda. Isso permite que as empresas dimensionem suas equipes conforme as necessidades de cada projeto. Além disso, o impacto positivo é mútuo, uma vez que os trabalhadores podem escolher quando e onde trabalhar.
Especialização
Muitas vezes, Gig Workers são especialistas em suas áreas. Ao contratá-los, as empresas podem acessar habilidades específicas sem a necessidade de treinamento extensivo.
Redução de custos
Em muitos casos, contratar Gig Workers pode ser mais econômico do que manter pessoas em tempo integral, especialmente quando se trata de encargos e benefícios trabalhistas.
Diversidade de pensamento
Gig Workers podem trazer uma variedade maior de experiências e perspectivas, enriquecendo a equipe com novas e criativas ideias. Afinal, são pessoas com vivências diferentes das que compõem um time com rotinas semelhantes e convívio diário.
Oportunidades para pessoas desempregadas
A Gig Economy fornece uma opção de renda para pessoas estudantes, desempregadas ou em transição de carreira. Isso pode ajudar a reduzir os índices de desemprego, tornando-se também uma alternativa ao trabalho integral.
Desvantagens de Recrutar Gig Workers
Desafios regulatórios
A regulamentação da Gig Economy no Brasil ainda não está definida, o que pode criar desafios para os trabalhadores e empresas em termos de direitos trabalhistas e benefícios.
Impacto na previdência
Trabalhadores independentes muitas vezes não contribuem para a previdência social da mesma forma que os empregados em tempo integral. Isso, por sua vez, pode ter implicações para a segurança financeira no longo prazo.
Instabilidade financeira
Para os profissionais, a instabilidade de não ter um emprego fixo pode resultar em falta de segurança financeira, especialmente em momentos de crise econômica.
Risco de dependência
Depender demais de Gig Workers pode tornar uma empresa vulnerável a flutuações de mercado e a falta de continuidade no trabalho. Afinal, a presença de turnover para esse tipo de vínculo de empregatício é comum.
Falta de comprometimento a longo prazo
Gig workers podem não estar tão comprometidos com a empresa quanto os funcionários em tempo integral, o que pode levar a menor lealdade e envolvimento.
Por esse motivo, é preciso se atentar durante o processo de recrutamento e seleção para escolher uma pessoa adequada e confiável para o cargo.
Comunicação e cooperação
A gestão de equipes remotas e dispersas pode ser desafiadora, especialmente em termos de comunicação eficaz e colaboração. Por isso, o RH deve manter uma relação aberta e positiva com essas pessoas, respeitando sua independência, mas não deixando que elas se tornem completamente alheias à organização.
Como incorporar Gig Workers na estratégia de recrutamento?
Para aproveitar ao máximo a Gig Economy, as empresas precisam incorporar estrategicamente a Gig Workers em suas operações.
Aqui estão algumas dicas para fazer isso com sucesso!
1. Identifique as necessidades
Avalie cuidadosamente as necessidades da companhia e as habilidades requeridas antes de recrutar Gig Workers. Isso garantirá que você contrate trabalhadores que se encaixem perfeitamente nas tarefas da função.
Além disso, aderir a esses novos profissionais demanda uma organização financeira e mobilização do time de RH, sendo necessário alinhar as prioridades gerais.
2. Utilize plataformas de recrutamento
Plataformas online especializadas em freelancers, bem como temporários e terceiros podem ser ferramentas valiosas para encontrar talentos independentes.
A Selpe Gente e Gestão é um exemplo de consultoria que pode te auxiliar na contratação de staffs para mão de obra temporária de um jeito seguro, rápido e com o apoio de especialistas na área.
3. Desenvolva parcerias
Estabeleça relacionamentos de confiança com os Gig Workers para criar uma rede de talentos à sua disposição quando necessário.
Isso é importante porque além de contar com profissionais confiáveis, a busca exaustiva por mão de obra qualificada é reduzida.
4. Mantenha a comunicação
A comunicação eficaz é fundamental ao trabalhar com Gig Workers. Mantenha canais abertos para garantir que todos estejam alinhados com os objetivos do projeto.
5. Promova uma cultura de colaboração
Encoraje a colaboração entre Gig Workers e o quadro de funcionários para aproveitar ao máximo as diferentes perspectivas e habilidades.
Além da integração entre os times ser um ponto positivo para o desenvolvimento das pessoas que os compõem, as entregas tendem a ser mais efetivas a partir dessa interação.
6. Ofereça flexibilidade
Reconheça e respeite a flexibilidade que os Gig Workers valorizam. Afinal, se eles priorizam esse modelo de trabalho, é justamente pelas vantagens de poder trabalhar de forma flexível – em qualquer lugar e a qualquer momento.
Fazendo isso, é possível aumentar a satisfação e a produtividade dessas pessoas.
Em suma, para as empresas brasileiras, incorporar trabalhadores independentes e freelancers em suas estratégias de recrutamento pode ser uma vantagem competitiva.
Isso permite acesso a uma ampla variedade de habilidades sem os custos associados a contratos de trabalho tradicionais. Levando em conta, é claro, as suas necessidades e objetivos de negócio.
Somado a isso, é fundamental que as organizações e o governo considerem a regulamentação adequada e medidas de segurança para proteger os direitos e o bem-estar dos trabalhadores independentes.
Como ficar por dentro das novidades do RH?
Chegamos ao fim deste conteúdo. Vimos que a Gig Economy está deixando uma marca no mercado de trabalho brasileiro, oferecendo benefícios e desafios tanto para trabalhadores quanto para empresas.
À medida que essa tendência continua a crescer, a capacidade de se adaptar e inovar será fundamental para o sucesso no cenário de recrutamento.
Para tirar o máximo proveito da economia sob demanda, as empresas devem adotar uma abordagem estratégica e flexível ao recrutamento desses talentos, valorizando a diversidade e a especialização que eles podem oferecer.
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