O que é Learning Agility? Descubra o que significa e como aplicar nas empresas!
Você já ouviu falar sobre Learning Agility? Essa competência está relacionada com a facilidade no aprendizado, a partir de novas vivências e a aplicação prática dos conhecimentos adquiridos.
Para o mercado de trabalho, isso faz toda a diferença, não acha? E é por isso que neste artigo vamos explicar o que é Learning Agility, como desenvolver e qual a importância para as empresas! Boa leitura!
O que é Learning Agility?
O termo Learning Agility (ou Agilidade de Aprendizagem) se refere à capacidade de aprender com novas experiências e desenvolver habilidades de forma ágil e eficaz.
Em resumo, é o conjunto de comportamentos, mecanismos e competências que contribui para o aprendizado rápido e aplicável.
Esse conceito pode ser trabalhado todos os dias. Afinal, lidar com novas situações exige flexibilidade e muita abertura para refletir sobre diferentes situações, testar comportamentos e receber feedbacks.
Outro ponto interessante é que as pessoas com alta agilidade de aprendizagem também conseguem identificar e “desaprender” comportamentos que impedem sua evolução. Essa habilidade de esquecer para aprender novamente é conhecida como reskilling.
O Learning Agility é, portanto, muito valorizado no mercado de trabalho. Afinal, as empresas procuram por profissionais versáteis, adaptáveis e que conseguem adquirir conhecimentos com facilidade.
Mas você sabe como surgiu o conceito e como ele pode contribuir para a gestão de equipes? Continue a leitura e descubra!
Como surgiu o conceito de Learning Agility?
No Brasil, o conceito de Learning Agility é relativamente nas empresas, mas os estudos na área já acontecem há décadas.
Nos anos 80, uma pesquisa conduzida por Morgan McCall e Michael Lombardo, investigou profissionais que haviam sido promovidos recentemente para cargos executivos. Durante as análises, foram consideradas suas dificuldades e possíveis causas para o insucesso.
Como resultado, o estudo revelou que o principal motivo para alguns profissionais não alcançarem resultados com êxito foi sua resistência às novidades.
Além disso, ficou claro também que a maioria deles usou em excesso habilidades anteriores, confiando em demasia nas experiências antigas que, em algum momento, os tornaram bem-sucedidos.
Duas décadas depois, o conceito de Agilidade de Aprendizagem foi proposto para identificar, com precisão, os altos potenciais nas empresas. Em outras palavras, os profissionais com o mindset flexível e ágil.
Quais são os pilares do Learning Agility?
Atualmente, existem duas principais correntes de estudos sobre o Learning Agility: a do Instituto Korn Ferry e a do Dr. Warner Burke.
Segundo o Instituto, existem 5 fatores que impactam na Agilidade de Aprendizagem. Veja abaixo quais são!
Agilidade Interpessoal
É a abertura e flexibilidade nos relacionamentos. Ela revela a empatia e a habilidade de se colocar no lugar do outro, praticando a escuta ativa e promovendo uma integração nas equipes.
Além disso, a agilidade interpessoal diz respeito à forma como a pessoa se relaciona e interage, tendo mente aberta para as pessoas e suas particularidades.
Agilidade para Mudanças
A agilidade para mudança diz respeito à capacidade de aceitação às novas experiências, estando atento ao contexto para promover inovação. Dessa forma, o profissional será capaz de contribuir de forma criativa para as entregas.
Dessa forma, ela diz respeito também à adaptabilidade para transformações e o gosto pelo novo.
Agilidade para Resultados
A agilidade com resultados é percebida em pessoas que buscam inspirar equipes, transmitindo confiança em si e nos outros.
Ela remete à capacidade de entregar resultados em situações novas, mesmo que elas apresentem dificuldades. Por isso, está associada também à habilidade para enfrentar desafios, sem perder o foco e buscando ir além sempre.
Agilidade Mental
É o conjunto de todos os processos cognitivos que tornam possível o raciocínio e a capacidade para tirar conclusões com mais facilidade.
Mais do que isso, está associada à criatividade, análise e agilidade com que relacionamos diferentes acontecimentos e áreas do conhecimento.
Por essa razão, a agilidade mental é refletida na curiosidade e no desejo de compreender a fundo as situações.
Autoconsciência
Esse fator tem impacto transversal nas demais agilidades – e tudo começa no autoconhecimento. Afinal, ele permite o maior entendimento sobre os pontos fortes e fracos em relação ao desempenho e potencial próprios.
Além disso, a autoconsciência desperta a capacidade de criticar o próprio comportamento, tornando o caminho de adaptação ao novo muito mais simples e natural.
Outro ponto importante á que essa habilidade contribui também para que a pessoa busque feedbacks com frequência. Isso é extremamente positivo para o processo de desenvolvimento!
As 9 dimensões da Agilidade de Aprendizagem
Diferente da proposta de 5 fatores centrais, em seus estudos, Dr. Burke concluiu que essa competência é composta por nove dimensões. São elas:
- busca por feedback;
- busca por informação;
- risco em performance;
- risco em relacionamentos;
- colaboração;
- experimentação;
- reflexão;
- flexibilidade;
- velocidade.
Essas características revelam muito sobre a postura e comportamentos de uma pessoa, revelando parte do seu potencial de desempenho. Essas informações dão indícios sobre as soft skills do profissional, dentre elas, a agilidade de aprendizagem ou sua busca por aprimorá-la.
Como desenvolver o Learning Agility nas equipes?
Como vimos, o Learning Agility é essencial para o sucesso profissional. Então, desenvolver essa habilidade na sua equipe pode ser um grande diferencial para a gestão de pessoas e para atingir bons resultados.
Além disso, times de alta performance precisam ter um equilíbrio entre suas hard e soft skills – e a agilidade de aprendizagem pode contribuir para isso.
Pensando em ajudar você a guiar sua equipe rumo a um aprendizado ágil, prático e eficiente, separamos 5 dicas práticas. Confira:
- Avalie o atual momento da equipe, seu desempenho e objetivos.
- Promova um ambiente propício para a troca de experiências e feedbacks.
- Invista em treinamentos sobre o assunto.
- Aposte em programas de desenvolvimento.
- Busque conectar pessoas a projetos que fazem sentido para seu propósito, promovendo a felicidade no trabalho.
Qual a importância do Learning Agility para as empresas e como aplicar na gestão de pessoas?
Maior eficiência no recrutamento
O Learning Agility pode ser entendido como um preditor de potencial e mensurar essa habilidade irá contribuir para o sucesso nas contratações.
Isso porque os cinco pilares podem ser avaliados de forma conjunta ou isolada, a depender das características e das necessidades da vaga.
Além disso, alguns modelos de análise preditiva levam em consideração a agilidade de aprendizagem para mapear o perfil de uma pessoa. Então, trabalhar essa competência no recrutamento pode auxiliar no sucesso das equipes no futuro.
Melhor gestão da inovação
Neste mundo cada vez mais tecnológico e conectado, é preciso ser ágil e flexível para se adaptar às inovações.
Por esse motivo, o Learning Agility se torna uma peça importante para a gestão da inovação, busca por novidades e capacidade de transformação.
Desenvolvimento de lideranças
Identificar o potencial de performance de um colaborador é fundamental para trabalhar projetos de desenvolvimento. E quando pensamos em pessoas que aspiram cargos de liderança isso é ainda mais importante.
Afinal, flexibilidade, agilidade, pensamento analítico, criatividade e bom relacionamento são habilidades necessárias ao líder.
Além disso, ao trabalhar a agilidade de aprendizagem nas equipes, será mais fácil mapear pessoas aptas a assumir cargos de sucessão, por exemplo.
E, bom, quando entendemos o que é Learning Agility, percebemos que nós somos o resultado das nossas próprias experiências, não é mesmo? É por essa razão que essa habilidade é cada vez mais buscada e valorizada por recrutadores e lideranças.
Se quiser saber mais sobre Learning Agility e temas associados ao potencial de performance, aproveite para conferir nosso artigo sobre Metodologia Big Five! Ela fala sobre as cinco grandes dimensões do comportamento humano e sua aplicação nos processos de RH. Espero que goste!