Resistência a mudanças no trabalho: o que é e como lidar?
O mundo está em constante transformação, se tornando cada vez mais tecnológico e inovador, ao passo em que traz as pessoas como protagonistas da própria história. Por isso, as empresas precisam se adaptar e lidar com a resistência a mudanças no trabalho por parte dos colaboradores.
Isso porque, para unir o uso de novas ferramentas à expertise e potencial único dos profissionais é preciso ter cautela. Afinal, embora essas soluções tenham surgido para facilitar a rotina laboral, nem todas as pessoas sabem ou estão prontas para usá-las no dia a dia.
Para entender os principais motivos da resistência a mudanças no ambiente de trabalho e como contornar essa situação, continue a leitura! Neste artigo, você entenderá tudo o que é preciso sobre o assunto e como o setor de Recursos Humanos pode ajudar.
O que significa liderar uma equipe com resistência a mudanças no trabalho?
Liderar uma equipe com resistência a mudanças no trabalho pode ser um grande desafio para os gestores e o RH de uma organização. Essa dificuldade em adaptar processos significa também uma necessidade de investimento em alinhamentos internos e em ações de treinamento e desenvolvimento.
Além disso, é fundamental compreender quais motivos levam as equipes a não acreditar nas transformações, preferindo adotar métodos mais tradicionais ou se resignar. Assim, será possível propor iniciativas mais certeiras para realizar adequações de maneira humanizada e eficiente.
E lembre-se: caso essa resistência não seja superada, alguns prejuízos poderão ser percebidos no negócio. Por exemplo:
- queda no engajamento e na produtividade;
- desalinhamento quanto a tarefas e processos;
- falhas na comunicação;
- impactos no clima organizacional;
- aumento no número de desligamentos, elevando o turnover.
Quais são os principais motivos de resistência a mudanças nas organizações?
Um dos principais causadores da resistência a mudanças no trabalho (e na vida) é a dificuldade em lidar com o imprevisível. Afinal, muitas pessoas se sentem mais seguras em cenários de estabilidade, em que já estão acostumadas com a rotina e os recursos usados.
Isso pode acontecer com qualquer funcionário, mas tende a ser mais comum em colaboradores mais maduros ou com maior tempo de casa. O que explica essa tendência é o fato de serem parte de uma geração que não está acostumada com a tecnologia desde cedo.
Ademais, aspectos como a divergência de opiniões, a cultura organizacional e uma visão positiva sobre a companhia podem influenciar. Dificilmente alguém que gosta do que vive e percebe bons resultados se abrirá para mudanças, concorda?
Outro ponto é o famoso “efeito dominó”: se várias pessoas são contrárias a uma nova metodologia, a tendência é de que mais indivíduos se juntem ao grupo. As justificativas podem perpassar, além dos elementos citados, a sensação de insegurança e perda de controle e, até, mágoas antigas.
Por essa razão, é essencial que a gestão de pessoas atue lado a lado com as lideranças e os funcionários responsáveis pela implementação de novos processos e soluções. Dessa forma, será possível conciliar as diferentes visões em prol do bem comum.
Quais são os tipos de mudanças no trabalho?
Existem diferentes tipos de mudança no ambiente de trabalho e entender qual contexto se aproxima ao do seu negócio pode ser positivo para lidar com eventuais questionamentos. Entenda!
1. Mudança voluntária
A mudança voluntária acontece quando a empresa, ao analisar seus indicadores e resultados, entende que é necessário propor adequações para garantir sua existência e longevidade.
2. Mudança involuntária
Já a mudança involuntária é decorrente de fatores externos, que tornam fundamental que a organização promova ajustes para que se mantenha sustentável.
3. Mudança evolucionária
A mudança evolucionária no trabalho, por sua vez, tem como foco acompanhar as transformações do mercado, guiando o crescimento da companhia.
4. Mudança revolucionária
Por outro lado, quando falamos em algo revolucionário, nos referimos a mudanças mais profundas no modelo corporativo, que se dão de maneira mais radical. Por essa razão, são mais raras e, também, mais difíceis de serem implementadas.
5. Mudança incremental
A mudança incremental, como o nome sugere, acrescenta detalhes ou ferramentas aos processos existentes. Por serem mais simples e ajudarem a organização a se manter atualizada no mercado, são mais frequentes.
6. Mudança transformacional
Por fim, esse tipo de transformação propõe adaptações em toda a estrutura de processos, rotinas e dinâmicas dos times.
Como a gestão e o RH podem lidar com a resistência a mudanças no trabalho?
Descubra como reduzir a resistência a mudanças no ambiente de trabalho e elevar a performance da sua equipe em 9 passos!
1. Estude o negócio e defina objetivos
Para implementar novos processos, ferramentas ou metodologias é necessário entender o negócio a fundo, identificando quais pontos demandam adequações. A partir disso, é preciso definir objetivos claros, que podem impactar positivamente os resultados da empresa.
2. Estruture um plano de ação
Com os gaps já mapeados e as metas estabelecidas, é hora de estruturar um plano de ação. Nele, deve-se contemplar todos os colaboradores envolvidos, suas responsabilidades, etapas, prazos, processos e resultados esperados.
3. Estabeleça prazos
Antes de implementar mudanças, é essencial ter em mente que os prazos devem ser condizentes com a cultura organizacional e o perfil das equipes. Afinal, um ritmo muito acelerado ou muito lento pode elevar a resistência às novas dinâmicas propostas.
4. Comece pelo RH
O RH é um dos pilares para qualquer transformação em uma companhia. Isso porque é o departamento responsável por zelar pela cultura e deve estar em contato com todas as demais áreas.
Então, começar pelo time de Gente e Gestão pode ser uma boa estratégia para espalhar a mensagem em todo o negócio de forma ágil e eficiente. Para isso, investir em boas soluções de tecnologia no RH pode ajudar, tornando o setor um exemplo para os demais.
5. Invista em uma comunicação transparente e objetiva
Ter uma boa comunicação, que atinja a todo o quadro de funcionários, é a melhor estratégia quando se pretende implantar um novo método.
Portanto, antes de investir em uma nova ferramenta, envolve todas as equipes no processo, explique o porquê dessa decisão e repasse todas as informações necessárias. Isso ajudará a contornar a resistência a mudanças no trabalho, trazendo mais pessoas para apoiar na tarefa.
6. Escute sua equipe e troque feedbacks
Uma boa comunicação vai para além de repassar dados: é preciso ouvir ativamente o que os colaboradores têm a dizer. Então, crie um espaço seguro para o diálogo e troca de feedbacks, levando em consideração a percepção de todos e, claro, a decisão do negócio.
7. Adote uma postura flexível
Adotar uma postura de flexibilidade frente às sugestões dos funcionários é um grande diferencial para superar a resistência a mudanças. Para tal, a liderança, o RH e os colaboradores responsáveis por conduzir essa transformação devem acatar as propostas das equipes e buscar formas de viabilizar o que fizer sentido.
8. Demonstra a importância dessas transformações
As pessoas só vão se engajar com aquilo que compreendem e se identificam, concorda? Por isso, evidenciar os impactos positivos de uma nova tecnologia, ferramenta ou método pode ser essencial para combater a resistência a mudanças no trabalho.
9. Promova os treinamentos necessários
Por fim, lembre-se de que não basta propor e implementar novas soluções: é preciso treinar seus colaboradores para que saibam utilizá-las da melhor maneira. Então, invista em cursos, workshops e cases práticos, bem como no acompanhamento de cada etapa do processo.
Agora que você já sabe como gerenciar um time com resistência a mudanças no trabalho, que tal conferir mais um artigo do nosso blog? Aproveite para ler também sobre as vantagens da tecnologia na gestão de pessoas!